quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um texto pouco vulgar

Funerais.
Num funeral, existe sempre o morto; a família do morto; os amigos chegados do morto; e aqueles que vão só porque conheciam o morto de vista. Até aqui tudo bem . Os familiares e amigos chegados sofrem com a dor de perder alguém próximo. Então e os que conhecem o morto de vista , o que fazem eles ( perguntam vocês ) ? Não são suficiente próximos do morto para sofrerem com a sua perca. Então, contam anedotas. É verdade. Por mais triste (ou alegre) que pareça, há sempre alguém, num funeral, a contar anedotas! Geralmente são os homens que ficam com esta tarefa, já as senhoras fazem aquilo que sabem fazer melhor, falar! É dizer que o falecido era uma jóia de pessoa, mesmo nunca o tendo conhecido, é criticar a roupa da viúva (caso tenha) e acima de tudo contar as ultimas novidades!
Há funerais que mais parecem uma festa! Se não fosse o sitio e a roupa escura ninguém notava diferença. Vejamos, há barulho; há flores; há comida e bebida, na casa mortuária; há muita gente, nem o Sr padre falta!

domingo, 4 de outubro de 2009

Beleza interior

Estava eu num daqueles pensamentos espirituais pouco interessantes à primeira vista, e, em jeito de conhecedora da psicologia interior de cada um, notei que há muito boa gente que escolhe as suas amizades pessoais através do aspecto exterior da pessoa. Porque será? Não tenho nada contra as pessoas mais bonitas, mas estas, muitas vezes, vêm-se a revelar presunsosas, fúteis e... fiquemos por aqui. Será que acham que vão parecer melhor se estiverem com pessoas vistosas ao pé? Feios, pequenos, gordos, velhos, estranhos, as pessoas devem ser avaliadas pela sua maneira de ser, pelos seus valores e idéias. Aqui há dias perguntaram-me quais eram os meus melhores amigos. E eu respondi: eu não tenho melhores amigos, tenho amigos e tenho colegas. Gosto tanto de pessoas que não se interessam com o aspecto físico. Gosto tanto de amigos cheios de beleza... interior.